Caruaruense Rosa Amorim, do MST, lança pré-candidatura para deputada estadual

Caruaruense e Sem Terra, Rosa Amorim simboliza o primeiro passo do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST-PE) dentro do cenário eleitoral em Pernambuco. Neste sábado (16), a pré-candidata a deputada estadual recebe a imprensa na Casa do Partido dos Trabalhadores (PT) de Caruaru, às 10h, para conversar sobre a construção de um projeto popular para o Brasil.

Ainda no sábado, haverá o evento de lançamento da pré-campanha na capital do agreste, às 17h, no Centro de Formação Paulo Freire, no assentamento Normandia, na Zona Rural de Caruaru, onde Rosa cresceu e conviveu com a luta pela Reforma Agrária junto aos seus pais, Jaime Amorim e Rubneuza Leandro, dirigentes do MST em Pernambuco.

Preparada para a disputa de uma das vagas da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Rosa tem 25 anos, é negra, lésbica e militante do MST desde a época que era Sem Terrinha. Inserida na militância desde a adolescência, a pré-candidata ainda vem do movimento estudantil, é militante do Levante Popular da Juventude e hoje compõe a diretoria de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE).

“É muito simbólico fazermos nosso ato de pré-candidatura em Caruaru. A cidade em que nasci, que cresci e iniciei minha vida política. Mais simbólico ainda fazê-lo no Assentamento Normandia, onde aconteceu uma das lutas mais simbólicas do Movimento Sem Terra no Estado de Pernambuco. É um ato que vem com muita força. É a força do povo Sem Terra, a força do povo de Caruaru, a força do povo Pernambucano”, afirma Rosa Amorim.

Para Jaime Amorim, o contexto eleitoral pede nomes que estejam em defesa das pautas do povo. “A política partidária é um espaço importante para que possamos impedir que a extrema direita reacionária possa continuar destruindo aquilo que o povo conquistou historicamente. As conquistas sociais que tivemos ao longo dos anos e perdemos no governo Bolsonaro só podem ser recuperadas se o povo estiver mobilizado”, afirma.

Para Paulo Mansan, dirigente do MST em Pernambuco, Rosa é uma candidata que expressa bem a relação entre campo e cidade. “Ela é filha da luta pela Reforma Agrária, faz parte de uma primeira geração de assentados que nascem já dentro da área conquistada. Além disso, ela traz consigo a luta estudantil, das mulheres negras, da população LGBTQIA+… Sem contar em todo o trabalho que vem construindo, junto à Campanha Mãos Solidárias, atuando diretamente no combate à fome e no cuidado com a terra”, pontua.