
Pernambuco distribui 58,6 mil doses de Coronavac para 129 cidades
19 de maio de 2021As secretarias municipais de Saúde de 129 cidades pernambucanas apontaram uma necessidade de 104.983 doses para completar o esquema vacinal da população com a segunda dose da vacina da Coronavac/Butantan contra a Covid-19. A informação foi consolidada em reunião da Comissão Intergestora Bipartite (CIB) e posterior conferência do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) com apoio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-PE).
Já na manhã desta quinta-feira (20/05), o Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) disponibilizará 58.660 vacinas do estoque estratégico estadual para que os municípios avancem na finalização dos esquemas vacinais dos seus munícipes. A divisão foi realizada pelo critério populacional e as doses irão para as Gerências Regionais de Saúde (Geres), onde ficarão à disposição das secretarias de Saúde municipais.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) também pediu aos municípios que possuem sobra da Coronavac/Butantan, e que já finalizaram os esquemas vacinais das suas populações, disponibilizem estas doses ao PNI-PE para redistribuição às cidades com falta de segunda dose. Nesses casos, o quantitativo devolvido será compensado com doses da Astrazeneca/Oxford.
Após a entrega desta remessa, 103 cidades pernambucanas zeram o déficit de doses da Coronavac para a segunda aplicação. Na reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) também ficou pactuado que o déficit remanescente de 46.323 doses para 82 municípios será solicitado ao Ministério da Saúde (MS).
Com a distribuição realizada na última sexta-feira (14/05), a SES-PE finalizou a entrega aos municípios das segundas doses que faltavam, de acordo com as pautas oficiais de distribuição do Ministério da Saúde (MS). Ou seja, equiparou o quantitativo de primeiras doses enviadas com o de segundas doses. É importante destacar que os municípios ficam responsáveis por operacionalizar a vacinação em seus territórios e que todas as recomendações para aplicação dos imunizantes têm sido discutidas nas reuniões da CIB e reforçadas em notas técnicas e resoluções.
“É imprescindível que, de posse do imunizante, os gestores municipais assegurem a segunda aplicação, garantindo a finalização do esquema vacinal e a proteção contra a Covid-19. O esquema vacinal contra a Covid-19 é finalizado com duas doses e a segunda aplicação deve ser feita assim que houver disponibilidade do insumo, sem perda da eficácia, segundo estudos e o próprio Ministério da Saúde. Os municípios devem ficar atentos para informar aos seus munícipes sobre a realidade local e, em posse do insumo fazer o resgate dos que já fizeram a primeira dose, garantido a proteção completa contra a Covid-19”, destacou a superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina de Melo.
COMORBIDADES – Durante a reunião com os secretários municipais de Saúde, também ficou acordado que os municípios poderão avançar na imunização do grupo de comorbidades e das pessoas com deficiência, ampliando faixas etárias de acordo com a realidade de cada cidade e a disponibilidade de doses. A decisão foi tomada pela baixa procura desses públicos. Antes da pactuação, estavam sendo atendidas as pessoas com comorbidades até 50 anos e as com deficiência apenas se cadastradas no Benefício de Prestação Continuada (BPC).
PFIZER – As 26.910 doses vacinas da Pfizer, recebidas ontem, já foram entregues para todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres). Com isso, Pernambuco é pioneiro no país em descentralizar a vacinação do imunizante para todo o território estadual.
Nas Geres, as vacinas da Pfizer ficaram em freezers que as manterão em temperatura entre – 25°C e – 15°C, podendo permanecer nessa faixa por até 14 dias. As doses serão dispensadas para os municípios de acordo com a demanda de cada um. Na rede de frio municipal, o insumo poderá ficar armazenado entre 2° C e 8° C, mas somente por, no máximo, 5 dias (período que já está incluso nos 14 dias citados). Após aberto o frasco, com 6 doses, deve ser utilizado em um prazo de 6 horas.
“Atualmente, a vacinação das gestantes e puérperas está sendo feita exclusivamente com a vacina da Pfizer em Pernambuco. Na semana passada, fizemos as primeiras entregas para o interior do Estado e conseguimos assegurar o deslocamento dentro da temperatura correta, garantindo que as doses cheguem dentro das normas preconizadas para os gestores municipais e, consequentemente, com segurança para aplicar na população. Agora, damos mais um passo para diminuir as distâncias e levar o insumo para mais próximo dessas mulheres. O Programa Estadual de Imunização e as Geres continuarão dando o apoio técnico para que os gestores municipais realizem suas ações e possam proteger nossas gestantes e puérperas contra a Covid-19”, afirma o secretário estadual de Saúde, André Longo.
A superintendente de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Ana Catarina de Melo, reforça a importância das secretarias municipais organizarem suas ações para otimizar o uso do insumo. “É preciso planejar e fazer o mapeamento das gestantes e puérperas para que as vacinas sejam utilizadas no tempo preconizado pelo fabricante”, frisa. A gestora lembra que a segunda dose dessa vacina deverá ser feita três meses após a primeira, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde (MS).
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quarta-feira (19/05), 3.440 casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 187 (5,5%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 3.253 (95,5%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 449.533 casos confirmados da doença, sendo 42.960 graves e 406.573 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.
Além disso, o boletim registra um total de 381.891 pacientes recuperados da doença. Destes, 25.046 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 356.845 eram casos leves.
Também foram confirmados laboratorialmente 79 novos óbitos (47 masculinos e 32 femininos), ocorridos entre os dias 10/06/2020 e 18/05/2021. As novas mortes são de pessoas residentes dos municípios de Abreu e Lima (1), Agrestina (1), Araripina (1), Barreiros (1), Belo Jardim (1), Bezerros (2), Bodocó (1), Cabo de Santo Agostinho (4), Camutanga (1), Capoeiras (1), Carpina (1), Caruaru (5), Catende (2), Chã Grande (1), Correntes (1), Feira Nova (1), Garanhuns (2), Gravatá (3), Igarassu (2), Ipojuca (2), Itacuruba (1), Jaboatão dos Guararapes (1), Joaquim Nabuco (1), Jucati (1), Jurema (1), Lagoa do Ouro (1), Nazaré da Mata (1), Olinda (5), Ouricuri (2), Palmeirina (1), Paulista (2), Petrolina (4), Recife (12), Ribeirão (1), Santa Cruz do Capibaribe (4), São Bento do Una (1), São José do Belmonte (1), São Vicente Ferrer (2) e Vitória de Santo Antão (3). Com isso, o Estado totaliza 15.127 mortes pela doença.
Os pacientes tinham idades entre 21 e 100 anos. As faixas etárias são: 20 a 29 (1), 30 a 39 (5), 40 a 49 (12), 50 a 59 (13), 60 a 69 (20), 70 a 79 (13), 80 ou mais (15). Do total, 54 tinham doenças preexistentes: doença cardiovascular (26), diabetes (23), hipertensão (14), obesidade (10), tabagismo/histórico de tabagismo (7), doença respiratória (6), doença renal (5), histórico de AVC/AVE (3), imunossupressão (2), doença de Alzheimer (2), doença autoimune (1), doença urológica (1), doença hepática (1), câncer (1), hipotireoidismo (1), etilismo (1) e doença de Parkinson (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Dois não tinham comorbidades e os demais seguem em investigação.
Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 29.222 casos foram confirmados e 50.663 descartados. As testagens entre os trabalhadores do setor abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada. O Governo de Pernambuco foi o primeiro do país a criar um protocolo para testar e afastar os profissionais da área da saúde com sintomas gripais. O boletim de hoje também traz, em sua parte final, o detalhamento da testagem destes profissionais.