Campanha virtual pelos Direitos Humanos das Mulheres em Caruaru
10 de novembro de 2018
Entre os dias dez de novembro e dez de dezembro deste ano, a Secretaria de Políticas para Mulheres de Caruaru (SPM), através do Eixo de Políticas de Cidadania e Qualidade de Vida, estará promovendo a campanha virtual “30 Dias Conhecendo os Direitos Humanos das Mulheres”. A ação é em alusão ao Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado em dez de dezembro.
A campanha será baseada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, e tem o objetivo de dar visibilidade aos Direitos Humanos das Mulheres. Para isso, será divulgado um card por dia no stories do Instagram oficial da Prefeitura de Caruaru com mensagens baseadas no texto original da declaração, produzido a partir do recorte voltado para as mulheres.
Estatísticas
Segundo dados divulgados pelo IBGE em sete de março de 2018, no Brasil as mulheres ganham menos que os homens, mesmo sendo a maioria com ensino superior.
A pesquisa também mostra que em 2017 o Brasil teve 4.473 homicídios dolosos de mulheres (um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior). Desse total, 946 são feminicídios (dado considerado subnotificado). Em 2015, 11 estados não registraram dados de feminicídios e em 2017, três ainda não tinham casos contabilizados.
De acordo com os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2015, uma mulher foi estuprada a cada 11 minutos, o que representa mais de cinco mulheres violentadas por hora no Brasil. Já a pesquisa realizada pelo IPEA revela que em 2013, mais de 26% dos entrevistados afirmaram que as mulheres que usam roupas mostrando o corpo merecem ser atacadas.
A Liga Brasileira de Lésbicas (LBL) apontou que cerca de 6% das vítimas de estupro que procuraram o Disque 100 do governo federal durante o ano de 2012 eram mulheres lésbicas. E, dentro dessa estatística, havia um percentual considerável de denúncias de estupro corretivo. Entre 2012 e 2014, as lésbicas responderam por 9% de toda a procura pelo serviço.
Já os dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) apontam que em 2017 o Brasil obteve a liderança mundial de assassinato de travestis e transexuais.