Vereadores de Caruaru discutem sobre vitória de Bolsonaro e derrota de Haddad durante reunião
31 de outubro de 2018
Foto: Vladimir Barreto
A volta dos trabalhos no Poder Legislativo de Caruaru, pós segundo turno das eleições de 2018, foi marcada por análises, discussão e delimitações de posicionamentos políticos dos partidos.
Os parlamentares de Caruaru realizam 59ª reunião ordinária da segunda sessão da 17ª legislatura, na tarde desta terça-feira (30), para tratar dos temas da ordem do dia e, na oportunidade, trazem considerações sobre novo cenário que as eleições presidenciais de 2018 demarcou.
Rozael do Divinópolis e Edjailson da Caru forró destacam a relevância do PRTB, partido de ambos vereadores, e que agora tem como representante maior o vice-presidente general Hamilton Mourão. Edjailson enaltece o apoio que Jair Bolsonaro teve durante campanha, que segundo ele, conseguiu conversar diretamente com a população e apresentar as propostas da coligação de forma massiva e contundente, mesmo com o pouco tempo concedido pelo horário eleitoral gratuito aos partidos menores.
Edjailson inclusive declara concordar que os trabalhadores do campo possam ter a posse de arma e assim, em suas palavras, conseguir defender seu território e família, de forma a intimidar possíveis ações de bandidos. Além de destacar que as palavras “Ordem e Progresso”, contidas na bandeira nacional, voltarão a ter sentido – com a valorização e devolução do poder de ação das polícias civil, federal e militar do Brasil.
Já o parlamentar Daniel Finizola (PT) inicia seu discurso com um apelo para que os ânimos sejam acalmados e afirma que seu partido vai fazer uma oposição responsável ao novo presidente eleito para que os valores democráticos sejam respeitados no país. “Devemos rechaçar, combater todo e qualquer tipo de manifestação de violência, de qualquer que seja o lado: perdedor ou o lado vencedor”, enfatiza.
Finizola ainda destaca que seu partido acredita na soberania das urnas que expressa a vontade popular e que, portanto, não existe a possibilidade de desrespeitarem o resultado do segundo turno. Ele evidencia sua preocupação também com as declarações do futuro Ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre uma possível ruptura de relações com a China e Mercosul.
O edil Marcelo Gomes (PSB) sobe a tribuna para confirmar que, juntamente com o seu partido, segue nessa nova fase como oposição ao governo federal. E assim como seu colega do PT, diz lamentar que essa campanha presidencial tenha seguido sem propostas e, pela primeira vez na história, com um segundo turno sem debate.
Marcelo também mencionou melhorias que os projetos sociais implementados pelos mandatos de Lula e Dilma trouxeram para população pernambucana do campo a cidade, que segundo ele, não podem ser apagados por erros cometidos pelo partido. “É importante não jogar a criança junto com a água do banho”, diz em alusão a fala do próprio Haddad (oponente de Bolsonaro no segundo turno) quando questionado sobre as mesmas questões durante campanha.