12ª excursão da Associação dos Homossexuais com destino a Parada Gay-PE

15 de setembro de 2017 0 Por blogem

Será realizada no próximo domingo a 12ª excursão da Associação dos Defensores dos Direitos Humanos e dos Homossexuais do Agreste Central em Caruaru (ADDHAC), com destino a Parada Gay de Pernambuco 2017, no bairro Boa Viagem, em Recife. A concentração será em frente a Acic, a partir das 6h30 da manhã, onde será servido café da manhã, com saída as 8h e retorno as 22h com saída da pracinha de Boa Viagem. O presidente da ADDHAC, Paulo Roberto, mesmo doente, se recuperando de um assalto vai realizar a excursão, e lembra que a prefeita Raquel Lyra (PSDB) está doando o ônibus e Eduardo Guerra vai doar o café da manhã. 

Com o tema “Por cidades
diversas, nenhum direito a menos!”, numa alusão à busca por espaços
públicos mais inclusivos e sem homofobia, o evento volta às ruas do Recife domingo (17). A concentração está prevista para as 9h, no Parque Dona
Lindu, em Boa Viagem. Serão 12 trios elétricos, com a confirmação da
participação da rapper Karol Conka entre as atrações nacionais. “A parada
da diversidade de Pernambuco é composta por diversas instituições. Todos os
anos batemos recorde de público e estamos trabalhando com uma média de 8 mil
pessoas e esperamos chegar aos 10 mil”, membro da comissão organizadora da
Parada LGBT de Pernambuco, Lucas Lira.

O evento faz parte da
programação do Setembro da Diversidade, que envolve debates com participação do
Ministério Público, Centro de Combate à homofobia, a parada LGBT de Nova
Descoberta e, no dia 24 de setembro, a 9ª edição da Parada LGBT do Recife, com
dois trios e a Frevioca. Este ano, o mês dedicado às causas LGBT traz o lema
“Respeito Começa em Casa”. De acordo com dados da Secretaria de
Defesa Social (SDS), entre 2014 e 2016 houve 635 casos de violência domiciliar
contra a população LGBT. Os casos estão relacionados à ameaça por violência
doméstica/familiar; dano por violência doméstica/familiar; difamação por violência
doméstica/familiar; injúria por violência doméstica/familiar; lesão corporal
por violência doméstica/familiar; perturbação do sossego por violência
doméstica/familiar; vias de fato por violência doméstica/familiar;
constrangimento ilegal por violência doméstica/familiar. Segundo as
estatísticas, 6% das vítimas de estupro que procuram o Disque 100 do Governo
Federal são mulheres homossexuais vítimas de violência, em sua maioria de fundo
sexual. Chamada de “estupro corretivo”, a violência sexual contra
mulheres lésbicas tem requintes de crueldade e é motivada por ódio e
preconceito.
O ano passado foi o mais violento dos últimos 40 anos para
a comunidade LGBT, onde 343 pessoas foram mortas em todo o
Brasil, uma média de um assassinato a cada 25 horas. A maior parte dos crimes
de LGBTfobia acontecem em lugares ermos das cidades ou dentro de casa e a
predominância é de vítimas jovens, com idades que variam entre 19 e 30 anos. O
relatório do GGB apontou 14 assassinatos no ano passado em Pernambuco.