Cesta básica de Caruaru registra maior aumento desde o ano passado

29 de abril de 2017 0 Por blogem
Alunos do curso de Ciências Contábeis e de Gestão
Financeira Do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (Devry|UNIFAVIP),
divulgaram pesquisa referente ao custo da cesta básica para a cidade de
Caruaru-PE, pertencente ao mês de Março de 2017. O estudo foi realizado baseado
na metodologia do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Sócioeconômicos).
De acordo com a pesquisa, o preço da cesta básica
caruaruense no mês de março foi de R$ 273,80, registrando um aumento de R$
13,43 (5,16%), em relação ao mês de fevereiro. Este aumento é o maior do ano
até agora e o maior desde setembro do ano passado, que apresentou crescimento
de 8,39% em relação ao mês anterior.
Os alimentos que significaram o maior peso na
determinação do valor total da cesta foram a carne (20,76%), os legumes
(16,33%), o pão (15,09%) e a banana (14,20%). Para comprar a quantidade
necessária de carne do mês, o morador de Caruaru desembolsou em média R$ 56,84
no mês de março. Com relação aos outros itens que também pesaram na cesta, o
valor gasto foi, em média, de: R$ 44,71 para os legumes, R$ 41,33 para o pão, e
R$ 38,89 para a banana.
Apesar do aumento, a cesta básica de Caruaru
continua apresentando menor valor que a de Recife. Este mês, a diferença entre
elas foi de R$ 82,41. A cesta mais cara do país continua sendo a de Porto
Alegre (R$ 437,22) e a cesta mais barata foi a de Rio Branco (R$ 323,34).
Recife passou a ocupar a quarta posição, entre as cestas mais baratas do Brasil
(R$ 356,21). Em Janeiro, Recife ocupava o segundo lugar no ranking das mais
baratas. As maiores altas estão em capitais do Nordeste: Teresina (3,90% – R$
391,15), Natal (3,54% – R$ 364,12), Recife (3,53% – R$ 356,21), São Luís (2,77%
– R$ 364,28) e João Pessoa (2,59% – R$ 374,18).
Comprar em supermercados continua sendo a opção
mais barata para o consumidor de Caruaru, que gastaria, em média, R$ 0,12 a
mais comprando em mercadinhos, de acordo com o levantamento. Com relação ao salário
mínimo, a pesquisa indica que a família caruaruense deveria receber, em março,
o valor de R$2.300,16 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos e de
outros itens essenciais, para poder garantir a sobrevivência digna. Este valor
representa 2,45 vezes mais que o salário mínimo atual, de R$ 937,00.
Utilizando dados do Ministério do Trabalho, que
considera a jornada oficial de trabalho de 220 horas mensais, a pesquisa
concluiu que o trabalhador de Caruaru utilizou em março 31,03% de todo o seu
tempo de trabalho só com as despesas de alimentação. Em março, considerando o
salário mínimo líquido, o trabalhador caruaruense desembolsou 31,76% da sua
renda apenas com as despesas de alimentação.