Anderson Correia se posiciona contrário ao ensino da Medicina Veterinária na modalidade EaD

O vereador de Caruaru, Anderson Correia (PP), reforçou seu posicionamento contra a oferta do curso de Medicina Veterinária na modalidade de Ensino a Distância (EaD). O parlamentar questiona a não inclusão do curso no Decreto nº 12.456/2025, que regulamenta a oferta de cursos de graduação na modalidade EaD no Brasil. O novo decreto proíbe a realização dos cursos de Direito, Medicina, Enfermagem, Odontologia e Psicologia no formato a distância, exigindo que sejam ministrados exclusivamente de forma presencial. A medida também veda o modelo híbrido que vinha sendo adotado por muitas instituições de ensino superior desde a pandemia da Covid-19.

Entretanto, o curso de Medicina Veterinária ficou de fora da lista, o que gerou críticas de entidades da área, como o Conselho Federal da categoria, e de representantes políticos. Segundo Anderson, a natureza do curso exige aulas presenciais, estágios supervisionados e contato direto com animais, o que não pode ser plenamente suprido por meios virtuais. “Estamos falando de uma profissão que lida com vidas, com diagnósticos, procedimentos cirúrgicos, aplicação de medicamentos, entre outras responsabilidades que exigem formação sólida, com prática em campo e acompanhamento constante de profissionais experientes”, destacou.

O vereador também ressaltou que a flexibilização para o EaD em cursos da área da saúde, como é o caso da Medicina Veterinária, pode comprometer a qualidade do atendimento à população e ao bem-estar animal. Para ele, é necessário que as autoridades educacionais revejam os critérios de autorização desses cursos, garantindo que a formação atenda aos padrões técnicos e éticos exigidos pela profissão.

“Defendemos a democratização do ensino, mas não a qualquer custo. A formação em Medicina Veterinária precisa ser levada com responsabilidade, pois o profissional que sai das salas de aula será responsável por diagnósticos e tratamentos que impactam diretamente vidas”, reforçou.
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Foto: Divulgação