Um Tiro na Democracia – Por Jorge Quintino
14 de julho de 2024Na noite de sábado, 13 de julho de 2024, o mundo foi abalado pela notícia do atentado contra o ex-presidente americano Donald Trump. O agressor, cujo nome ainda não foi divulgado, foi morto pelas forças de segurança de Trump. Este evento ocorre em um momento especialmente sensível, em meio ao período eleitoral nos Estados Unidos, com Donald Trump e Joe Biden como principais competidores.
Este atentado lembra imediatamente a tragédia do assassinato de John F. Kennedy, um evento que mudou a história americana e mundial. A violência que permeia a política americana não é nova, mas o impacto de um atentado contra uma figura polarizadora como Trump em pleno período eleitoral é imenso.
O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, emitiu uma nota de solidariedade, mostrando apoio em um momento de crise. Similarmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro, conhecido por suas posturas conservadoras e sua proximidade ideológica com Trump, também se manifestou em solidariedade. Este gesto de Bolsonaro não é apenas uma demonstração de apoio, mas também uma tentativa clara de tirar proveito político da situação, reforçando sua base de seguidores que admiram Trump.
A campanha de 2024 nos Estados Unidos já estava marcada por uma intensa polarização. A figura de Trump, amado por muitos e odiado por tantos outros, sempre foi um ponto de divisão. Este atentado pode muito bem servir como um catalisador, dando novo fôlego à sua campanha, que se alimenta de uma narrativa de vítima do sistema e de perseguição política.
Entretanto, a violência nunca é uma resposta aceitável e, quando se infiltra no processo democrático, coloca em risco os próprios alicerces da democracia. Este atentado não é apenas um ataque a Donald Trump, mas um tiro na democracia americana. A integridade de uma eleição depende da segurança e da confiança no processo democrático. Quando a violência se torna uma ferramenta política, todos perdem.
Os conservadores, tanto nos Estados Unidos quanto em outras partes do mundo, como Bolsonaro no Brasil, podem usar este evento para fortalecer suas narrativas de luta contra um sistema supostamente corrupto e hostil. Este discurso, que alimenta a polarização e o medo, pode ter efeitos perigosos, incentivando mais atos de violência e radicalização.
No entanto, é crucial que líderes democráticos, como Lula, continuem a promover a estabilidade e a solidariedade, não apenas com Trump, mas com o processo democrático como um todo. A democracia não pode se curvar à violência. É essencial que os eleitores, tanto nos Estados Unidos quanto no resto do mundo, vejam este evento como um lembrete da importância de proteger os valores democráticos contra todas as formas de extremismo e violência.
O atentado contra Donald Trump é um evento que, sem dúvida, deixará uma marca profunda nas eleições de 2024 nos Estados Unidos. Mais do que uma questão de segurança pessoal, este atentado é um ataque ao próprio processo democrático. É um momento para refletir sobre os caminhos que as democracias estão tomando e sobre a necessidade de fortalecer os pilares que sustentam sociedades livres e justas.
A democracia é um bem precioso, conquistado com muito sacrifício e luta. Quando a violência entra em cena, é um sinal de que precisamos redobrar nossos esforços para protegê-la. Este tiro contra Trump é, na verdade, um tiro contra todos nós que acreditamos na democracia e na paz. É um chamado para que todos nós, líderes e cidadãos, nos unamos na defesa dos valores democráticos, rejeitando a violência e promovendo o diálogo e a compreensão.
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Por Jorge Quintino, Vereador na Câmara Municipal de Caruaru, Pernambuco.
Foto: Divulgação
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