Festas juninas exigem cuidados com a saúde

Festas juninas exigem cuidados com a saúde

12 de junho de 2024 Off Por blogem

Quadrilha, músicas e comidas típicas não faltam nesta época do ano, especialmente no Nordeste. Mas o período de São João também pode ser um perigo para a saúde dos ouvidos. Fogos de artifício e fogueiras podem causar problemas para quem tem rinite, sinusite ou outras condições do tipo. São comuns nesta época as crises de alergia por causas como fuligem ou produtos químicos dos fogos de artifício.

“Temos uma incidência maior de problemas respiratórios em função da fumaça. As rinites, asma, alergias nas vias aéreas superiores realmente pioram nessa época. Devemos ter cuidado para não inalar fumaça e ter atenção com as queimaduras, inclusive na orelha.”, explica o otorrinolaringologista Francisco De Biase, do Hospital Santa Luzia. 

O estampido causado pelos fogos também pode causar danos à audição humana. Outro vilão do período é o volume alto das músicas. A exposição prolongada aos ruídos pode gerar traumas auditivos, zumbido e até perfuração dos tímpanos. “Não só os fogos de artifício, mas os shows de maneira geral podem expor a pessoa de forma intensa ao ruído e causar um trauma acústico”, afirma o otorrinolaringologista Francisco De Biase.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição prolongada a níveis de som superiores a 85 decibéis pode causar danos auditivos. Nas festas juninas, é comum que os níveis de som ultrapassem essa marca. Fogos de artifício, por exemplo, podem produzir ruídos acima de 150 decibéis, o que é suficiente para causar perda auditiva imediata.

Em casos não muito graves, a audição pode voltar ao normal depois de um tempo, mas caso a dificuldade para ouvir continue, o mais recomendado é procurar um otorrinolaringologista o mais rápido o possível. “O primeiro sinal de que houve algum dano à audição é o ouvido apresentar algum tipo de zumbido. É um som agudo, semelhante a um apitinho. Nesse caso devemos imediatamente parar a exposição ao ruído e assim que puder procurar um especialista”, finaliza o otorrinolaringologista Francisco De Biase. Foto: Divulgação.