
Três em cada 10 pessoas no mundo sofrem de tontura
30 de abril de 2024Cerca de 30% da população mundial sofre de tonturas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O distúrbio pode ter diferentes causas, e ser até indicativo de doenças mais graves. A tontura também é um dos três maiores motivos de idas aos serviços de emergência.
“A tontura é um sintoma que o paciente pode relatar de diversas formas. Ela pode ser uma sensação de cabeça vazia, sensação de desmaio ( sem desmaiar), de flutuação, mal estar na cabeça ou uma vertigem , que é a sensação alterada do equilíbrio ou de movimento enquanto o paciente está parado”, explica a otorrinolaringologista Maria Cecília Fernandes, do Hospital Santa Luzia.
De acordo com o Comitê de Audição e Equilíbrio da Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço, a tontura pode ser definida como toda e qualquer sensação ilusória de movimento sem que haja movimento real em relação à gravidade. Além da tontura, existem outros sintomas com efeitos similares, como as vertigens (sensação de automovimento), os sintomas vestíbulo-visuais e o desequilíbrio postural.
No mês de abril, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) promove a Semana da Tontura, que ocorre até 22 de abril, Dia da Tontura. A campanha é uma iniciativa para chamar atenção para o sintoma e as doenças que acometem o labirinto, que vão muito além da labirintite.
“Existem várias doenças que podem apresentar tonturas. A alteração do labirinto mais frequente é a VPPB. Mas pode-se ter tonturas em casos de neurite vestibular, doença de Menière, labirintite (infecção do labirinto).Há também outras situações em que a tontura pode estar presente: durante o uso de algumas medicações , doenças cardíacas, visuais, da coluna, metabólicas, neurológicas e psiquiátricas”, afirma a otorrinolaringologista Maria Cecília Fernandes.
“O médico otorrinolaringologista pode avaliar as queixas do paciente e após exame físico detalhado, solicitar os exames complementares necessários para cada paciente e direcionar de uma maneira individualizada o melhor tratamento. Podendo ser com uso de medicação, manobras de reposicionamento, reabilitação vestibular ou encaminhamento multidisciplinar”, finaliza a otorrinolaringologista Maria Cecília Fernandes (foto abaixo).
