Inteligência Artificial na Escola: Cuidado com Isso – Por Roberto Peixoto

Inteligência Artificial na Escola: Cuidado com Isso – Por Roberto Peixoto

27 de abril de 2024 Off Por blogem

A nossa condição de educador está sempre nos chamando à atenção para o que acontece na escola. A inteligência Artificial como ferramenta importante, ainda tem muito a ser discutida sobre o que ela já vem fazendo e poderá fazer. Claro que é algo cientificamente falando, irreversível. Entretanto, não temos ainda nem dois anos da sua introdução e já estão querendo empurrar nas escolas como algo apenas moderno sem que seja analisado o seu lado modernoso

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo é quem mais tem investido nessa proposta. Primeiro, foi com a informação de que o material didático usado por professores e alunos é dado como certo. Será que não há o devido conhecimento de que qualquer tipo de material utilizado em uma escola por educadores e educandos, necessariamente precisa ser alinhado ao Currículo?
A mesma Secretaria que já havia anunciado que usaria o ChatGPT,-para produzir aulas digitais – afirma através do seu Secretário, Prof. Renato Feder, que os professores da Rede Estadual de ensino receberão o ‘reforço’ do “fluencímetro”, ferramenta que utiliza inteligência artificial para analisar a fluência leitora dos alunos. Essa tecnologia se soma a vários aplicativos que vêm sendo adotados para diferentes fins na rede estadual.
Essa não é a única inovação tecnológica proposta por essa gestão. Na quarta-feira (24), o secretário anunciou o “fluencímetro”, ferramenta que também utiliza inteligência artificial para verificar a fluência leitora dos alunos. Essa é mais uma tecnologia que ocupa as preocupações administrativas e pedagógicas do Governo de Tarcísio de Freitas. Fala-se que há vários aplicativos que vêm sendo adotados para diferentes fins naquela Rede Estadual.
Sabemos que existe um alinhamento, uma tendência global para adoção das novas tecnologias em larga escala. Isso é visto como normal. Entretanto, o que nos chama muito à atenção é a pressa, a não escuta e participação docente nessas decisões. É apenas o MERCADO quem dita o que tem que ser feito com o dinheiro público? Mexendo de forma abrupta com algo tão importante, sensível e processual que o ato de educar!
Usada de forma correta, com a devida formação profissional continuada dos educadores, a ferramenta pode auxiliar —não substituir— o trabalho docente. Por isso mesmo é necessário manter a autonomia dos profissionais, com a valorização de sua análise crítica.
O que que não pode ser ignorado é que os professores, como tantos outros profissionais, já estão usando essas ferramentas, até mesmo, para planejar suas aulas. A preocupação maior é a incorporação das novas tecnologias que não deva ser apenas como inovação, motivos para comprar matrículas na rede privada ou impor na política pública apenas algo como ‘modismo inovador pedagógico’, mas uma necessidade para alinhar diretrizes e buscar fazer educação com seriedade o que não ESTAMOS ACOSTUMADOS A VER.
Roberto Peixoto é educador em Caruaru.
R.P. Assessoria & Consultoria Pedagógica
Contato (81) 99231. 8354

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