Dengue é ameaça para saúde ocular e pode causar até cegueira
30 de março de 2024Com o triplo de casos em comparação ao mesmo período de 2023, a dengue gera preocupação na maioria dos lares brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde, já são mais de 500 mil casos prováveis da doença no país. O que muita gente não sabe, é que além dos sintomas como febre, dores musculares, entre outros, a dengue também pode causar problemas para a visão.
“As manifestações oculares mais comuns tanto na fase aguda quanto na fase de recuperação da dengue são conjuntivite, fotofobia, dor ocular e visão turva. Esses sintomas podem ocorrer tanto na forma clássica quanto na hemorrágica”, explica a oftalmologista Fabiana Aquino, do HOPE. “As alterações são observadas em cerca de 8% dos casos e surgem em média oito dias após o aparecimento da febre”, acrescenta a médica.
Quadros mais graves podem resultar em inflamação da retina, hemorragias oculares e até mesmo comprometimento da visão. Complicações como tromboses podem surgir por conta do depósito de anticorpos nas artérias. Outro problema que pode aparecer é a neurite, uma inflamação do nervo óptico que pode comprometer a visão de forma transitória ou mesmo definitiva, com distorções e alterações nas cores das imagens.
“A dengue pode sim levar a perda parcial ou total da visão. Trata-se de uma condição grave, mas também rara. Os públicos mais vulneráveis a complicações da dengue são idosos, pacientes diabéticos, hipertensos, portadores de doenças crônicas e os que fazem uso de medicamentos antiplaquetários”, alerta a oftalmologista Fabiana Aquino.
A prevenção é o melhor caminho para se proteger dos problemas. Eliminar possíveis criadouros de mosquitos, utilizar repelente e não deixar recipientes com água parada abertos são algumas das medidas para evitar a doença.
Em casos de alterações visuais, é fundamental procurar um oftalmologista o quanto antes. “Deve-se buscar atendimento de um oftalmologista quando apresentar sintomas como olho vermelho, fotofobia, visão turva ou dor ocular”, orienta a oftalmologista Fabiana Aquino.
O diagnóstico precoce e o tratamento correto são vitais para preservar a visão. “A maioria das alterações oculares são passíveis de tratamento, tem bom prognóstico e uma recuperação de duas a quatro semanas”, finaliza a oftalmologista Fabiana Aquino.
Foto: Banco de dados.
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