Polícia Civil esclarece assassinato de personal trainer dentro de academia, em Caruaru

Na manhã desta segunda-feira (04.03), a Polícia Civil de Pernambuco deu detalhes da Operação Nêmesis em coletiva de imprensa sobre a conclusão do inquérito que tem mais de duas mil páginas e ouviu mais detalhes 80 pessoas, no homicídio do Personal trainer Rodrigo Gama, que foi assassinado a tiros dentro de uma academia no bairro Maurício de Nassau, em Caruaru, ocorrido no dia 20 de fevereiro de 2023, em uma segunda-feira se carnaval.

A polícia informou que o mandante Genilson Lino da Silva, conhecido como “General do Crime” ou “Perna”, que está foragido “encomendou” o crime porque recebeu uma “bronca” de Rodrigo na academia. O delegado Bruno Vital, diretor da Dinter I, disse que “o mandante Genilson, era chefe de uma organização criminosa voltada a prática de tráfico de drogas, roubos e homicídios, e que Genilson Lino era aluno da academia onde ocorreu o crime. Ele foi flagrado filmando as alunas, de forma velada e sem autorização, durante a prática exercícios. O personal Rodrigo Gama era coordenador da academia e, depois de receber queixas das alunas, convidou Genilson em uma sala reservada para chamar a atenção dele por causa da conduta. O mandante ficou furioso com a conduta do personal e ordenou a sua morte. Isso está de forma técnica comprovada no inquérito policial. O mandante exigiu que o executor, que veio da Bahia, matasse a vítima dentro do estabelecimento”, detalhou o delegado Bruno.

O delegado Eric Costa informou que “além do fato envolvendo a academia, o personal trainer e a esposa do mandante se seguiam nas redes sociais. Essa situação provocou ciúmes em Genilson. A polícia informou que não houve nenhum envolvimento ou relacionamento entre Rodrigo e a esposa do criminoso, mas mesmo assim, o fato de se seguirem nas redes sociais é considerada também uma das motivações. O mandante Genilson é da Bahia, já cumpriu pena na prisão entre os anos de 2005 e 2018 e era considerado o preso mais perigoso do Estado. Ele foi alvo de CPI do Congresso Nacional no ano de 2009 por comandar os presídios do Estado da Bahia. Além de Genilson, outras cinco pessoas estão envolvidas no crime. Dos seis envolvidos, dois estão presos, e as prisões foram feitas fora do estado de Pernambuco”, afirmou o delegado Eric.

Os outros envolvidos no crime são: Luiz Felipe Coelho Silveira, suspeito de matar o personal trainer conhecido como “Índio”. Luiz Felipe é matador de aluguel, de acordo com a Polícia Civil, e está foragido. Natural de Dias d’Ávila, cidade da Bahia, ele utilizou um documento falso para se matricular na academia e matar o personal trainer a mando de Genilson Lino. De acordo com a polícia, Luiz tem antecedentes criminais por homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e organização criminosa. Luiz e a companheira dele, que não teve a identidade divulgada por ser menor de idade, ficaram hospedados em três hotéis de Caruaru de cinco a seis dias. Depois do crime, ele fugiu em um veículo do modelo prisma e ateou fogo nele.

Dênio Felipe Mendes Albuquerque, foi um dos presos pela morte de Rodrigo Gama, sendo preso dia 28 de fevereiro de 2024 em uma operação conjunta das Polícias Civis de São Paulo e Pernambuco. O delegado Eric Costa afirmou que Dênio foi o responsável pelo pagamento do motorista de transporte de aplicativo que levou embora o executor do personal. Ele também foi responsável pela compra da arma utilizada no crime e pelo descarte dela. Depois que um dos suspeitos foi preso, ele fugiu para São Paulo, onde foi preso.

Um dos envolvidos, que já está preso, foi identificado pela polícia como “D”. Ele não teve a identidade divulgada por determinação da Justiça, de acordo com o delegado Bruno Machado.

Hugo José Alves da Silva Marinho foi o responsável pelo fornecimento do veículo utilizado na fuga do crime. A polícia informou que ele tem antecedentes por crime de receptação e é investigado por furto de veículos. Atualmente considerado foragido. Possui mandado de prisão temporária expedido em seu desfavor pela participação no homicídio.
Foto: Reprodução/Câmera de monitoramento

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