Festas de carnaval acendem alerta para perigos da poluição sonora

O Carnaval no Brasil é uma festa marcada pela música vibrante, desfiles, trios elétricos e muita empolgação dos foliões. Entretanto, o período não é só de comemoração, já que é preciso ficar alerta para a saúde dos ouvidos. Segundo a OMS, quase 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo ─ ou uma a cada quatro pessoas ─ viverão com algum grau de perda auditiva até 2050.

“A exposição de forma contínua a altos níveis de ruído pode causar danos permanentes aos ouvidos. Alguns dos perigos da poluição sonora para os ouvidos incluem: zumbido (barulho nos ouvidos); perda auditiva (de graus variados); problemas com o sono e estresse; distúrbios de concentração, entre outros”, explica a otorrinolaringologista Priscila Espínola, do Hospital Santa Luzia.

O excesso de ruído pode produzir efeitos adversos sobre a saúde e o bem-estar da população, reduzindo a qualidade de vida do ser humano, causando desde desconforto temporário até danos auditivos permanentes.  A exposição prolongada a níveis elevados de ruído pode resultar em danos irreversíveis às células ciliadas do ouvido interno. Muitas vezes, as pessoas subestimam os efeitos da poluição sonora, já que os danos não são imediatamente visíveis.

“Evite exposição prolongada a ruídos altos e use protetores auriculares se necessário. É importante procurar fazer pausas frequentes em ambientes mais silenciosos”, orienta a otorrinolaringologista Priscila Espínola. Também é preciso ficar atento à entrada de suor, água e outros líquidos nos ouvidos. “Mantenha os ouvidos secos e preciso, os seque bem com uma toalha macia. Evite o uso de cotonetes, pois eles podem empurrar a cera para dentro do ouvido e causar obstruções”, completa a especialista do Hospital Santa Luzia.

Crianças e idosos são especialmente vulneráveis aos efeitos nocivos do barulho excessivo. Os mais jovens cujos ouvidos ainda estão em desenvolvimento, e os idosos, que podem ter uma sensibilidade auditiva reduzida, precisam de uma atenção especial durante esse período de fim de ano. Outros públicos que também são mais afetados pelo barulho são pessoas que têm Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e animais.

“Consulte um médico se tiver qualquer sintoma de infecção no ouvido, como dor, coceira, secreção ou diminuição da audição. O tratamento precoce pode prevenir complicações. Evite tratamentos caseiros para problemas do ouvido, pois podem agravar os quadros”, finaliza a otorrinolaringologista Priscila Espínola.

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