Polícia Federal prende Prefeito de Água Preta

Polícia Federal prende Prefeito de Água Preta

5 de setembro de 2023 Off Por blogem

A Polícia Federal em Pernambuco, com apoio da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União, deflagrou na manhã de hoje (05/09/2023) a segunda fase da Operação Dilúvio, a qual visa reprimir a atuação de organização criminosa estabelecida no município de Água Preta, na Zona da Mata Sul do Estado de Pernambuco, especializada na prática de crimes de corrupção, desvio de recursos públicos, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro, agiotagem, entre outros, atribuídos a agentes públicos, servidores, empresários e particulares. O prefeito Noé Magalhães (PSB) foi preso quando estava no próprio apartamento na avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. No local foram encontrados cheques, documentos de compra e venda, contrato de casas em nome de laranjas, segundo a PF. 

A primeira fase da “Operação Dilúvio” na prefeitura de Água Preta foi realizada pela PF no dia 23 de maio deste ano, onde foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao grupo investigado, localizados nos municípios de Água Preta, Cabo de Santo Agostinho, Catende, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Palmares, Paulista, Recife e Tamandaré.

O prefeito vai passar por audiência de custódia e depois deve ser encaminhado para o Cotel, em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. A PF cumpriu outros sete mandados de busca e apreensão contra pessoas ligadas ao gestor. Dois envolvidos são filhos do prefeito, que não foram presos. 

De acordo com o auditor da Receita Federal, Ginaldo Antônio Freire, Noé Magalhães não teve os bens bloqueados, pois as investigações sobre possível crime de sonegação fiscal estão na fase inicial, e possíveis inconsistências econômicas serão apuradas.

A Polícia Federal informou que levantou suspeita contra a gestão de Água Preta a contratação, de forma emergencial, de uma prestadora de serviços de manutenção corretiva e preventiva de veículos da frota do município. A empresa contratada custeou despesas como passagens aéreas internacionais em classe executiva para o prefeito e sua esposa.

A primeira fase da Operação Dilúvio foi deflagrada no dia 23/05/2023, ocasião em que foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao grupo investigado, localizados nos municípios de Água Preta, Cabo de Santo Agostinho, Catende, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Palmares, Paulista, Recife e Tamandaré. Os resultados obtidos com a primeira fase do trabalho revelaram indícios do envolvimento de outras pessoas no esquema criminoso, inclusive por meio da prática de atos de obstrução da justiça, além da identificação de novas contas bancárias utilizadas pelos investigados, o que motivou a Polícia Federal a representar por novas medidas investigativas, deferidas integralmente pelo Tribunal Regional Federal da 5a Região.

Ao todo estão sendo empregados na presente ação 40 (quarenta) policiais federais, além de servidores da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União, que cumprem 07 (sete) mandados de busca e apreensão e 01 (um) mandado de Prisão Preventiva, na região metropolitana de Recife e no município de Palmares.

As penas máximas estimadas para os crimes investigados na Operação Dilúvio, somadas, podem ultrapassar 40 anos de reclusão. O nome da Operação, extraído de uma passagem bíblica, faz referência ao meio utilizado por Deus para fazer desaparecer da terra os vícios humanos, no caso presente, a malversação dos recursos públicos.

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Fotos: Divulgação/PF