Pernambuco tem mais de 500 mil recuperados de covid-19 e aplicou mais de 5 milhões de doses de vacina

Pernambuco tem mais de 500 mil recuperados de covid-19 e aplicou mais de 5 milhões de doses de vacina

18 de julho de 2021 0 Por blogem

Há exatos seis meses, Pernambuco dava início à imunização da população contra a Covid-19. Até este domingo (18/07), mais de 5 milhões de doses foram aplicadas garantindo a proteção de diversos grupos contra a doença, que já tirou a vida de 18.325 pessoas no Estado. Mais de 1,3 milhão de pessoas já estão com o esquema vacinal completo, representando 19,28% da população a partir dos 18 anos. O cenário epidemiológico da pandemia no Estado vem apresentando redução nos indicadores com o andamento da campanha, porém o Governo do Estado alerta que a pandemia ainda não acabou e que, para controlar a doença, é necessário avançar na vacinação, com o recebimento de maiores volumes de doses, adesão da população, garantia do cumprimento do esquema vacinal completo, além da manutenção das medidas de proteção, com uso de máscara, distanciamento físico e lavagem das mãos.

“Nosso trabalho começa bem antes da chegada dos imunizantes ao Aeroporto do Recife. Assim que recebemos a pauta de distribuição do Ministério da Saúde, que contém os montantes e o público alvo, iniciamos o levantamento detalhado do quantitativo a ser destinado para cada cidade. Quando as doses chegam à sede do PNI, são conferidas em sua totalidade, desde conferência de lotes, prazo de validade e temperatura, e inicia-se a separação dos montantes que serão encaminhados para as Gerências Regionais de Saúde, onde ficarão disponíveis para retirada por parte dos gestores municipais”, detalha a superintendente de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo. Até agora, Pernambuco recebeu 6.060.650 doses de imunizantes. Foram 3.051.670 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 2.184.160 unidades da Coronavac/Butantan, 656.370 doses da Pfizer/BioNTech e 168.450 da Janssen.

Para garantir o acesso rápido aos imunizantes ao longo desses seis meses, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI-PE), contou com o apoio logístico de diversos atores para realização do transporte seguro e em tempo hábil. A cada nova remessa, escoltas da Polícia Federal – que direciona os imunobiológicos para sede do PNI – e da Polícia Militar, coordenados pela Secretaria de Defesa Social (SDS-PE), que viabilizam a distribuição segura das vacinas para os municípios em até 24 horas após o recebimento no PNI-PE. A operação ainda conta com o apoio da companhia aérea Azul para envio rápido dos imunizantes para as cidades do sertão do Estado.

“Uma campanha de vacinação efetiva depende da oferta de doses para população e estratégias para facilitar o acesso da população a essa proteção tão importante. Acreditamos que, se nos for ofertada uma entrega de vacinas de forma regular e com montantes significativos, poderemos vacinar toda a população acima de 18 anos até o final do mês de setembro com a primeira dose, e até o fim do ano, com as duas doses”, destacou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Entre os desafios de uma campanha de imunização onde são indicadas duas doses para proteção, está a garantia da completitude do esquema vacinal. “Nosso maior desafio hoje é garantir essa segunda dose. Cada vez mais fomos avançando, apesar de ser um avanço lento diante do que esperávamos. O maior desafio do PNI no momento é garantir que todas as pessoas que tomaram a primeira dose, recebam a segunda no intervalo estabelecido.

Estabelecemos nos encontros da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) um diálogo preciso sobre a importância das estratégias de vacinação para atrair e chegar ao público elegível, além de mapear quem são essas pessoas e se elas de fato concluíram o processo de imunização”, afirma Ana Catarina.

A disponibilidade de diversos tipos de imunobiológicos mobilizou cientistas de diversas partes do mundo. No Brasil, atualmente, são quatro os ofertados à população após aprovação junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e incorporação ao Programa Nacional de Operacionalização (PNO), do Ministério da Saúde, que destacam a segurança e eficácia de todos eles. “Em um momento que você tem uma alta transmissibilidade do vírus, que você tem pessoas adoecendo, complicando clinicamente e morrendo, precisamos observar atentamente o impacto dessas vacinas na diminuição das taxas de casos graves e óbitos. Todas as vacinas que temos no momento são de qualidade, seguras e são eficazes. O principal objetivo da vacinação é reduzir os casos graves e óbitos e isso as vacinas têm feito muito bem, independente do laboratório produtor”, frisa o secretário André Longo.

“O que precisamos neste momento é que as pessoas que estão dentro dos grupos elegíveis se vacinem com primeira e segunda dose o quanto antes. Quanto mais esse indivíduo postergar essa imunização, ele vai ficar exposto, vai adoecer e, consequentemente, vai transmitir para outras pessoas, além de favorecer que o vírus fique circulando em nosso território”, complementa a superintendente de imunizações, Ana Catarina.

BALANÇO DA VACINAÇÃO – 
Pernambuco já aplicou 5.186.972 doses de vacinas contra a Covid-19 na sua população, desde o início da campanha de imunização no Estado. Desse total, 1.392.664 pernambucanos completaram seus esquemas vacinais, sendo 1.233.336 pessoas que foram vacinadas com imunizantes aplicados em duas doses e outros 159.328 pernambucanos que foram contemplados com vacina aplicada em dose única.

Em relação às primeiras doses, foram 3.794.308 aplicações. Ao todo, foram feitas a primeira dose em 314.645 trabalhadores de saúde; 26.073 povos indígenas aldeados; 43.676 em comunidades quilombolas; 7.700 idosos em Instituições de Longa Permanência; 674.445 idosos de 60 a 69 anos; 603.128 idosos de 70 e mais; 2.463 pessoas com deficiência institucionalizadas; 406.947 pessoas com comorbidades; 33.263 pessoas com deficiência permanente; 62.335 gestantes e puérperas; 352.364 trabalhadores de serviços essenciais; 1.567 pessoas em situação de rua; 25.308 pessoas privadas de liberdade, além de 1.240.394 pessoas de 18 a 59 anos.

Em relação às segundas doses, já foram beneficiados 232.995 trabalhadores de saúde; 25.804 povos indígenas aldeados; 30.834 em comunidades quilombolas; 5.943 idosos institucionalizados; 398.467 idosos de 60 a 69 anos; 509.044 idosos de 70 anos e mais; 1.191 pessoas com deficiência institucionalizadas; 23.026 pessoas com comorbidades; 441 pessoas com deficiência permanente; 5.591 trabalhadores de serviços essenciais; totalizando 1.233.336 pernambucanos.

Em relação à dose única, foram beneficiadas 1.881 idosos de 60 a 69 anos; 399 idosos de 70 anos e mais; 1.524 pessoas com comorbidades; 295 pessoas com deficiência permanente; 11.040 trabalhadores de serviços essenciais; 619 pessoas em situação de rua, além de 143.570 pessoas de 18 a 59 anos.

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO – A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, neste domingo (18/07), 638 casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 67 (10%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 571 (90%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 579.086 casos confirmados da doença, sendo 51.088 graves e 527.998 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.

Além disso, o boletim registra um total de 500.459 pacientes recuperados da doença. Destes, 29.660 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 470.799 eram casos leves.

Também foram confirmados laboratorialmente 21 novos óbitos (12 masculinos e 9 femininos), ocorridos entre os dias 24/02/2021 e 16/07/2021. As novas mortes são de pessoas residentes dos municípios de Agrestina (1), Águas Belas (1), Belo Jardim (1), Carpina (1), Caruaru (2), Paulista (3), Pesqueira (1), Recife (8), São José da Coroa Grande (1), São José do Belmonte (1) e Tacaratu (1). Com isso, o Estado totaliza 18.325 mortes pela doença.

Os pacientes tinham idades entre 15 e 85 anos. As faixas etárias são: 10 a 19 (1), 30 a 39 (3), 40 a 49 (4), 50 a 59 (3), 60 a 69 (1), 70 a 79 (7), 80 ou mais (2). Do total, 10 tinham doenças preexistentes: doença cardiovascular (5), obesidade (3), hipertensão (2), doença renal (2), tabagismo (2), diabetes (1), câncer (1) e imunossupressão (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Os demais seguem em investigação.