Compesa conscientiza população sobre o uso correto da rede de esgoto
29 de dezembro de 2020Um sistema de esgotamento sanitário (SES) pode ser definido como um conjunto de instalações, obras e serviços para que a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição final do esgoto possam ser proporcionados de forma adequada à comunidade. A Compesa, em parceria com a BRK ambiental, vem atuando com equipes de Responsabilidade Socioambiental na promoção da cultura de saneamento, levando, dessa forma, mais educação ambiental e sanitária para a população. Por meio de ações informativas e de sensibilização nas escolas, associações de moradores, Unidades de Saúde da Família ou no porta-a-porta, as equipes levam instruções sobre o uso adequado da rede, ações desenvolvidas nas localidades onde foram implantados sistemas de esgotamento sanitário.
A mais recente iniciativa de conscientização da população sobre o uso correto dos sistemas de esgotamento sanitário está em curso na praia de Gaibu, destino turístico localizado na cidade do Cabo de Santo de Agostinho, Região Metropolitana do Recife, que já conta com os serviços de saneamento, projeto executado pelo Programa Cidade Saneada, a Parceria Público Privada do Saneamento da Região Metropolitana do Recife. O sistema existente no balneário atende cerca de 4.780 moradores e possui 2 quilômetros de redes coletoras, além de uma estação de bombeamento e uma estação de tratamento de esgoto.
Essas redes de esgoto são pensadas considerando a seguinte composição: 99,9% de água e apenas 0,1% de outros dejetos (sólidos) e não são concebidas para outras finalidades. “Em função disso, é preciso que a população fique atenta para o descarte adequado do lixo, que não deve nunca ser jogado em ralos e pias – e isso inclui restos de comida e óleo de cozinha. Quando há obstrução da rede coletora de esgoto, diversos prejuízos podem acontecer na rede de esgoto, causando danos ao meio ambiente e aos moradores” comenta o diretor de Negócios e Eficiência da Compesa, Flávio Coutinho.
Uma das ações previstas de mobilização diz respeito à sensibilização quanto ao uso e descarte correto do óleo de cozinha, considerado um grande vilão da rede coletora de esgoto. Em lugar de ser descartado, o óleo doméstico usado deve ser armazenado em garrafa pet para que seja disponibilizado em pontos de entrega voluntária (PEV). As equipes já implementaram PEV’s nos seguintes locais: Escola Municipal Desembargador João Paes, Bar e Lanchonete Rota do Mar, Bar Tempero da Vera, Bar do Sardinha, O Pescador Restaurante e Comércio e Bar do Mineiro. Em parceria com as equipes operacionais, são determinados locais prioritários para a realização das ações, como forma de reduzir os danos causados pelo óleo descartado indevidamente e levar um conhecimento mais amplo à população. Assim, com a destinação adequada do lixo e do óleo, os impactos na rede de esgoto e no meio ambiente são minimizados.
Contudo, no caso de qualquer problema verificado é importante que a população utilize o atendimento da Compesa, pelo número 0800 081 0185, e registre a ocorrência. A ligação é gratuita e o tempo médio de atendimento é de até 48 horas. “Nossas equipes estão preparadas e trabalham 24 horas por dia, 7 dias por semana para que a operação do sistema ocorra da melhor forma possível. Por isso, é de extrema importância que as pessoas saibam que elas podem contribuir para o bom funcionamento do sistema com práticas simples”, comenta o diretor de Operações da BRK Ambiental em Pernambuco, Adriano Barbosa.
A estação de tratamento de Gaibu atende todos os padrões de qualidade do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e possui eficiência atestada por análises mensais. O sistema de esgotamento sanitário em Gaibu ainda receberá obras de ampliação pelo Programa Cidade Saneada até o ano de 2025.
PROGRAMA CIDADE SANEADA – Iniciado em julho de 2013, o Programa Cidade Saneada tem como objetivo a universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgoto em toda a Região Metropolitana do Recife e município de Goiana até o ano de 2037, com o atendimento de 90% da população dessas áreas. Já foram investidos cerca de R$ 1,4 bilhão na recuperação, modernização, operação e ampliação dos sistemas.