
Empresários debatem na Comissão presidida por Lessa na Alepe
17 de dezembro de 2020O cenário do setor produtivo no estado foi debatido na última reunião do ano da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo (CDET) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Presidida pelo deputado estadual Delegado Erick Lessa (Progressistas), a reunião ocorreu de forma virtual nesta quarta-feira (16) e contou com a participação de representantes do empresariado estadual.
Os presidentes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), Bernardo Peixoto; do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Caruaru (Sindloja), Manoel Santos; do Sindicato das Empresas do Comércio e Serviços do Eixo Norte (Sindnorte), Milton Tavares; e o representante da Associação Pernambucana de Atacadistas de Tecidos, Artigos de Armarinho e Confecções (Apatec), João Cândido Júnior, participaram da atividade. Também integraram a reunião os deputados João Paulo, Clóvis Paiva e Antônio Fernando.
Os empresários sugeriram a ampliação do prazo para reduzir juros e multas de pagamentos de impostos que eventualmente tenham ficado em aberto por parte do empresariado local. A medida, disposta na Lei Complementar nº 440/2020, refere-se aos tributos estaduais (ICMS, ICD e IPVA) e é restrita aos meses de março, abril, maio e junho de 2020, período em que a pandemia atingiu seu estado mais crítico.
Durante a reunião, o presidente do Sindloja Caruaru, Manoel Santos, relembrou que o decreto de fechamento das atividades econômicas, que entrou em vigor em março, gerou muitas dificuldades para o segundo setor. Entretanto, a reabertura iniciada em maio não foi suficiente para alavancar segmentos como o de festas, que ainda se mantém com dificuldades. “A ampliação do prazo seria uma forma de conceder um certo alívio às empresas e não causaria prejuízos ao Estado”, avaliou.
Complementando o debate, o presidente do Sindnorte, Milton Tavares, pontuou que há decretos municipais em vigor que impedem o acesso de turistas a praias, desestabilizando segmentos como a hotelaria. “Sem turistas, não há clientes”, sintetizou.
Por sua vez, o representante da Apatec, João Cândido, ressaltou que a crise afetou os setores de produção, atacado e varejo do Polo de Confecções do Agreste. Ele mencionou que os atacadistas têm sentido dificuldade para conseguir mercadorias e muitas empresas adotarão férias coletivas por falta de estoque. “Dias piores virão a partir de 2021”, vaticinou, exemplificando que a produção de algodão está prevista para ser restabelecida somente em junho do próximo ano.
O deputado Erick Lessa comprometeu-se em realizar uma interlocução com o Poder Executivo em virtude das problemáticas apresentadas pelos setores. “Vamos compilar as demandas e encaminhá-las à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e ao Governo do Estado”, antecipou. O parlamentar também fez um breve balanço das ações do colegiado ao longo do ano e agradeceu aos pares pelo empenho na missão de servir os pernambucanos.
Foto: Viliane Gomes