Pernambuco completa 8 meses dos primeiros casos confirmados da Covid-19 no Estado

Pernambuco completa 8 meses dos primeiros casos confirmados da Covid-19 no Estado

12 de novembro de 2020 0 Por blogem

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quinta-feira (12/11), 787 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 33 (4%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 754 (96%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 168.880 casos confirmados da doença, sendo 27.463 graves e 141.417 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.

Além disso, o boletim registra um total de 150.329 pacientes recuperados da doença. Destes, 17.591 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 132.738 eram casos leves.

Também foram confirmados laboratorialmente 21 novos óbitos (11 masculinos e 10 femininos), registrados entre os dias 07/07 e 10/11. As novas mortes são de pessoas residentes dos municípios de Afogados da Ingazeira (1), Arcoverde (1), Bezerros (1), Cachoeirinha (1), Camaragibe (3), Cumaru (1), Jaboatão dos Guararapes (1), Palmares (1), Paulista (1), Pesqueira (1), Primavera (1), Recife (6), Santa Cruz da Baixa Verde (1) e São José do Belmonte (1). Com isso, o Estado totaliza 8.794 mortes pela doença.

Os pacientes tinham idades entre 38 e 93 anos. As faixas etárias são: 30 a 39 (3), 50 a 59 (4), 60 a 69 (5), 70 a 79 (1) e 80 ou mais (8). Do total, 15 apresentavam doenças pré-existentes: doença cardiovascular (10), diabetes (4), hipertensão (4), tabagismo (3), obesidade (2), câncer (2), doença renal (2), doença respiratória (2), etilismo (1) e doença de Chagas (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Um não tinha doença pré-existente e os demais estão em investigação.

Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 22.518 casos foram confirmados e 39.267 descartados. As testagens entre os trabalhadores do setor abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada. O Governo de Pernambuco foi o primeiro do país a criar um protocolo para testar e afastar os profissionais da área da saúde com sintomas gripais. O boletim de hoje também traz, em sua parte final, o detalhamento da testagem destes profissionais.

ANÁLISE DA PANDEMIA – Durante coletiva de imprensa on-line do Governo de Pernambuco, nesta quinta-feira (12.11), o secretário estadual de Saúde, André Longo, relembrou que Pernambuco completou oito meses dos primeiros casos confirmados da Covid-19 no Estado e fez um balanço das ações deflagradas pelo Governo estadual. “Desde os primeiros registros, por determinação do governador Paulo Câmara, toda a estrutura e aparato do Governo foram colocados para o enfrentamento à doença e para que a resposta do Poder Público fosse à altura da maior crise de saúde pública da história recente da humanidade. Colocamos em prática o maior esforço sanitário, logístico e de mobilização de insumos, equipamentos e recursos humanos da nossa história. Essa força-tarefa foi crucial para estruturar a rede de saúde, garantindo o atendimento e a estrutura necessária no SUS”, elencou.

A partir de maio, os principais indicadores da pandemia entraram em uma queda progressiva e sustentada, possibilitando que o Plano Estadual de Convivência com a Covid-19 começasse a ser executado. “Em junho, colocamos em prática as estratégias de retomada das atividades sociais e econômicas, o que chamamos de Plano de Convivência, planejado com o máximo de cautela e centrado em novos protocolos e hábitos para evitar o contágio pelo novo coronavírus”, pontuou Longo. Já em outubro, o Estado registrou os menores níveis da doença desde o início da aceleração da epidemia. “Também no mês passado, chegamos à última das 11 etapas do Plano e, mesmo com as diversas retomadas neste período, conseguimos manter a doença em nível de estabilidade no Estado”, completou.

O secretário aproveitou o pronunciamento para realizar a análise dos atuais indicadores epidemiológicos da doença e reforçar para a população que não há, até o momento, sinais de que Pernambuco estaria passando por uma “segunda onda” da Covid-19. “Os estudos apontam que, para a configuração de uma segunda onda, seria necessário um aumento sustentado de 60% nos casos em relação ao patamar do vale de baixa, que nós atingimos, e os atuais indicadores nos colocam ainda longe deste cenário. A verdade é que atingimos o pico da pandemia em maio e, a partir de setembro, entramos no patamar de vale com números em baixos patamares sem expressivas oscilações, seja para cima ou para baixo”, explicou Longo.

Na análise de mais uma semana epidemiológica (SE 45), a SES-PE registrou que os números da primeira semana do mês de novembro são melhores que os da primeira semana de outubro – mês com os melhores indicadores da Covid-19 desde abril, quando houve a aceleração da curva epidêmica.

Na SE 45, o Estado registrou uma queda de 9,6% nos óbitos por SRAG em 15 dias – apontando uma flutuação com estabilidade entre a SE 45 e a SE44, com quatro casos de diferença de uma semana para outra. Na comparação com a primeira semana de outubro, houve uma queda de 5,75%.

Já em relação aos casos graves suspeitos, foi registrada uma oscilação de 5% na comparação com a SE 44, o que corresponde a 33 casos, e de 3,9% em relação à SE 43 (quando foram registrados 26 casos). Na comparação com a semana 41, o Estado registrou queda de 6%. “Desta forma, é fato que nos últimos 15 dias tivemos flutuações, dentro de patamares de controle. E isto teve impacto na solicitação de leitos para casos de SRAG na Central Estadual de Regulação de Leitos, com um aumento de 1,6% da semana 45 para a semana 44 e de 12% na semana 44 em comparação com a semana 43”, explicou.

NOVOS LEITOS – O secretário também anunciou a abertura de mais 107 leitos, sendo 60 de UTI e 47 de enfermaria, para o atendimento aos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em hospitais de referência para Covid-19 no Estado.

Nesta quinta-feira (12.11), já foram abertos 77 leitos – sendo 40 de terapia intensiva e 37 de enfermaria nos hospitais Maria Vitória, no bairro de Areias, e Evangélico, na Torre, ambos no Recife. Deste total de 107 leitos, o Hospital Maria Vitória totaliza 50 vagas (sendo 30 de UTI e 20 de enfermaria); já o Hospital Evangélico totaliza 27 vagas, com 17 de enfermaria e 10 de UTI. Nos próximos dias ainda serão disponibilizados mais 30 vagas, sendo 20 de UTI e 10 de enfermaria no Hospital de Referência à Covid-19 – Boa Viagem (antigo Alfa).

“Com a abertura dessas novas vagas a taxa de ocupação irá para patamares menores. Vale lembrar que ao longo dos últimos meses, com a redução da demanda e para evitar a ociosidade, mais de 1.500 leitos foram bloqueados. Desta forma, com índices baixos e menor disponibilidade de leitos, devido à desmobilização, qualquer flutuação nos dados, causa mudanças significativas nas taxas de ocupação. No entanto, nosso plano de contingência prevê o desbloqueio e reconversão de leitos, caso fosse alcançado o percentual de 80%”, afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

No pico da pandemia, o Sistema Único de Saúde (SUS) em Pernambuco contou com 3.171 leitos para pacientes com suspeita ou confirmados com SRAG, somando vagas abertas pelo Governo de Pernambuco e Prefeitura da Cidade do Recife (PCR). Desta forma, as readequações realizadas até agora foram feitas respeitando um nível de segurança e com o objetivo de evitar ociosidade nos leitos públicos, contribuindo para a assistência integral à saúde da população pernambucana.

OCUPAÇÃO – Com a entrada das novas vagas, a ocupação média dos 1.692 leitos dedicados a casos suspeitos e confirmados da Covid-19 em Pernambuco está em 60%, sendo 74% de UTI (822 leitos) e de 46% de enfermaria (870).

POLIOMIELITE – Durante a coletiva de imprensa, o secretário André Longo também atualizou os dados da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite em Pernambuco, que oferta uma dose extra contra a doença para as crianças entre 1 e menores de 5 anos que estão com o esquema básico contra a pólio completo. Até o momento, foram imunizados 444.300 meninos e meninas, ou seja, 80,87% do total, de 549.369. Com isso, Pernambuco é o segundo Estado do país com a melhor cobertura vacinal, estando também acima da média nacional. A meta da campanha é proteger, no mínimo, 95% dessa população.

“Lembrando que as crianças, que voltaram a circular e também a ter contato mais intenso com outras pessoas, estão suscetíveis a diversas doenças, algumas até mais graves que a Covid-19 para esse público, e que podem ser protegidas pelas vacinas que estão ofertadas gratuitamente de rotina no SUS”, frisou o gestor, lembrando que os menores de 15 anos também devem atualizar a caderneta.

Para as crianças abaixo de 7 anos, as unidades de saúde disponibilizam os seguintes imunizantes: BCG, hepatite B, pentavalente, poliomielite, rotavírus, pneumocócica 10, meningocócica C, febre amarela, tríplice viral, varicela, hepatite A e DTP. A partir dos 7 anos, até os menores de 15, podem ser feitas as doses contra a hepatite B, febre amarela, meningocócica ACWY e HPV.

ELEIÇÕES MUNICIPAIS – O secretário André Longo também reforçou que a população precisa seguir todas as medidas de higiene e segurança durante as eleições municipais deste domingo (15/11). “O Tribunal Regional Eleitoral tem atuado de forma muito altiva e correta para que tenhamos um pleito tranquilo e seguro, mas convoco o apoio de todos. Use máscara corretamente, higienize as mãos com álcool em gel, antes e depois do uso da urna eletrônica, leve sua própria caneta e mantenha o distanciamento indicado”, destacou o gestor. O TRE também solicita que, das 7 horas até as 10h, compareçam para votação apenas idosos e pessoas de grupos de risco, ficando os demais horários para os outros públicos.

“Participem das eleições, façam valer seu direito e tomem todos os cuidados necessários para não ser um agente de propagação do novo coronavírus neste momento tão importante para a democracia em nosso país”, finalizou.