Paulo Nailson comunica desfiliação do PCdoB

Paulo Nailson comunica desfiliação do PCdoB

20 de novembro de 2019 0 Por blogem

O blogueiro Paulo Nailson comunicou es sua rede social seu desligamento definitivo do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Paulo iniciou sua militância política no Partido dos Trabalhadores (PT) onde ficou por cerca de dez anos e, posteriormente ingressou no PCdoB.

Apesar de alegar motivos pessoais, comenta-se que não tinha bom alinhamento com a direção que assumiu recentemente o partido, que estava numa relação desgastada e não tinha mais clima para permanecer.

Confira a nota divulgada pelo mesmo:
Estou no dia de hoje, 20 de novembro, comunicando minha desfiliação do PCdoB. Quero agradecer a acolhida que tive pelos camaradas. Onde estou sempre procuro dedicar tempo e participar ativamente, o que fiz com alegria nos primeiros anos que estive militando. Desde o início do ano passado pedi afastamento da direção municipal, entre outros fatores, aleguei dificuldade de estar presente nas reuniões, e colaborar de modo mais efetivo. Preciso focar mais na vida profissional.

Nasci e cresci ainda nos últimos anos da ditadura, o país vivia naquela época sob o comando da ARENA (Aliança Renovadora Nacional), partido criado para dar sustentação ao golpe militar. Minha mãe me levava aos comícios ainda em seus braços. Na minha adolescência vi a mudança de mandato de Geisel para Figueiredo e, tive minha primeira participação num ato político nas manifestações pelo “Diretas já” entre 83 e 84, quando um gigantesco comício aconteceu em Caruaru com Tancredo Neves. Depois de Tancredo, mais 7 presidentes chegaram ao cargo, este último, porém, quer claramente resgatar uma época que não tenho saudades.

Entendo que todos (de diversos setores da sociedade civil) que se uniram contra a ditadura, pela anistia, pelas diretas já, a Constituinte e recentemente estão indignados com as decisões que derrubam conquistas históricas do povo, vão conseguir se unir também para retomar o que foi perdido.

Como falei no início, atividades profissionais (incluindo os estudos) dificultam que eu consiga cumprir com outras agendas.

Mantenho minhas convicções como um militante de esquerda que acredita na justiça social, na democracia, na liberdade e igualdade de oportunidade.