Funcionários dos Correios suspendem greve após assembleia

Funcionários dos Correios suspendem greve após assembleia

17 de setembro de 2019 Off Por blogem
Depois da determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que os trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (ECT) retornassem as atividades, o sindicato da categoria em Pernambuco decidiu, em assembleia realizada na sede da entidade, em Santo Amaro, nesta terça-feira (17), acatar o informe das federações de classe e suspender a paralisação nacional deflagrada desde o último dia 11 de setembro até que o Dissídio Coletivo de Greve seja julgado.

Na pauta dos trabalhadores, a revisão do reajuste salarial de 0,8% (a proposta da categoria era de reposição salarial pela inflação, de 3,49%, percentual que se estende aos benefícios, a exemplo do tíquete alimentação, além da manutenção dos nossos pais no plano de saúde), a remoção de pais e mães do plano de saúde como dependentes, melhores condições de trabalho e outros benefícios. Além disso, a categoria é contra a privatização da estatal, que foi incluída no plano de privatizações do governo.

Na assembleia, os trabalhadores aprovaram os seguintes pontos: suspensão da greve da categoria em todo o País, manutenção do estado de greve até o julgamento do Dissidio Coletivo ou assinatura de Acordo Coletivo de Trabalho; a prorrogação do Acordo Coletivo de Trabalho atual até o dia 02 de outubro de 2019; a intensificação dos atos, panfletagens e mobilizações nas bases para manter e reforçar a mobilização e a instalação, em caráter emergencial, em Brasília/DF, do Comitê contra a venda dos Correios, para desenvolver trabalhos junto ao Congresso Nacional e autoridades públicas.

“A gente acatou o informe das federações nacionais e devemos estar retornando a partir das 22h desta terça”, informou o secretário do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos em Pernambuco – SINTECT/PE.

De acordo com os Correios, o fim da paralisação “foi a condição para que a empresa aceitasse a proposta do Tribunal Superior do Trabalho de manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 até o dia 2 de outubro”.

A empresa revelou, ainda, que desde o início da paralisação, há uma semana, “para que nenhum consumidor se sentisse lesado com o movimento paredista dos trabalhadores, colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios. Neste sentido, medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas”.

Negociação
Em audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho – TST, no último dia 12 de setembro, após a ECT ingressar com o pedido de Dissídio Coletivo de Greve, as Federações (FENTECT e FINDECT) não aceitaram a proposta apresentada pela empresa. Com o impasse, o Ministro do TST, Mauricio Godinho Delgado, pediu a prorrogação do Acordo Coletivo até a data do julgamento do Dissídio, marcado para o dia 2 de outubro.
Segundo o ministro Mauricio Godinho Delgado, a determinação é uma prova de que a categoria concordou com a proposta que garante a manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente até o novo acerto entre empresa e trabalhadores.

Fonte: Portal FolhaPE.