Caso de criança torturada em Caruaru é investigado

Vídeos circulam em grupos de Whatsapp em Caruaru, desde quarta-feira (11), com cenas de tortura de uma criança com 11 anos de idade, gravados em julho de 2022, na Vila Gonçalves Ferreira, zona rural de Caruaru. Conselheiros Tutelares estiveram na comunidade, e convidaram os envolvidos para uma reunião na casa onde funciona os conselhos tutelares, para esclarecer os fatos. Estiveram presentes a criança com a mãe e a advogada Marcly Lima, quatro membros de uma comunidade católica com advogado Wagner Ramos e o CREAS. Foram acionados Ministério Público, Vara de Infância, Comissão de Direitos Humanos da OAB Caruaru e Polícia Civil, para apurar o caso.

A advogada Marcly Lima informou ao Blog que, a família registrou uma notícia crime na delegacia de polícia civil contra os quatro acusados. O advogado defesa Wagner Ramos, confirmou a participação dos clientes na tortura do menor, mas disse que foi uma brincadeira de mal gosto e que os quatro estão arrependidos. À tarde, os envolvidos prestaram depoimentos na Delegacia de Polícia Civil, no bairro Salgado.

Nota da Diocese de Caruaru

A respeito de um vídeo em que uma criança, de identidade desconhecida, sofre bullying por parte de pessoas, cujas identidades também são desconhecidas, tais pessoas pertencentes a uma certa comunidade “Famílias Restauradas”, 

O Bispo Diocesano afirma  que:

1) Tal “comunidade” não possui estatutos reconhecidos pela Diocese de Caruaru;

2) Deste modo a Diocese não possui nenhum vínculo com tal organização;

3) Seguindo o Evangelho,  e conforme o Magistério da Igreja, toda ação contra crianças, adolescentes e vulneráveis deve ser repudiada por sua própria natureza;

4) A Diocese de Caruaru lamenta profundamente que grupos sectários, usando o nome de católicos, pratiquem qualquer tipo de abuso ou discriminação a quem quer que seja, sobretudo àqueles que mais precisam de proteção.

Dom José Ruy Gonçalves Lopes, OFMCap.

Bispo Diocesano.

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Foto do Conselho Tutelar: Janaína Pepeu.