
Municípios-PE poderão aplicar a 2ª dose da vacina da Astrazeneca entre 60 e 90 dias
6 de julho de 2021Os municípios pernambucanos poderão aplicar a segunda dose da vacina Astrazeneca/Fiocruz com um intervalo entre 60 e 90 dias após a primeira dose, sem prejuízo à proteção. O próprio fabricante informa em bula que esse intervalo pode ser utilizado. O aval para finalizar o esquema vacinal da Astrazeneca nesse período foi dado pelo Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19, a partir da análise de dados científicos, e foi pactuado entre o Estado e os municípios em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) na tarde da última segunda-feira (05/07). A decisão ainda será publicada em resolução da CIB, mas já foram alinhadas.
“Cada município deverá informar a sua população o período para marcação da segunda dose da Astrazeneca, levando em consideração seus estoques. Mas ressaltamos que esse período não afeta a eficácia do imunizante, que manterá a proteção contra a Covid-19. Friso que a decisão da CIB foi tomada após consulta com o Comitê Técnico, que se pautou nas evidências científicas e nas informações do próprio fabricante dessa vacina”, afirma o secretário estadual de Saúde, André Longo.
Essa discussão foi levantada após o adiantamento em quase um mês, pelo Ministério da Saúde (MS), no envio de segundas doses da Astrazeneca, gerando um maior quantitativo de estoque em alguns municípios. “É essencial que as cidades tenham um monitoramento desses estoques e que façam também levantamento e busca ativa dos munícipes que estão com mais de 90 dias da aplicação da primeira dose. Além disso, é necessária uma comunicação clara sobre a estratégia do intervalo em cada cidade para evitar dúvidas na população”, destaca a superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina de Melo.
SOMMELIER – Em decisão colegiada, a Comissão Intergestora Bipartite também aprovou o apoio às decisões dos gestores municipais para inibir que as pessoas fiquem escolhendo a vacina de determinados fabricantes.
“Todas as 4 vacinas em uso no Brasil são seguras e eficazes e evitam casos moderados e graves, internamentos e mortes pela Covid-19. Além disso, a vacinação é uma atitude de proteção coletiva: quanto mais pessoas vacinadas em menor espaço de tempo, mais protegida estará toda a sociedade, inclusive aqueles que ainda não podem se vacinar, como é o caso das crianças. Por isso, quando chegar a sua vez, se vacine com o imunizante que estiver disponível. Vacina boa é vacina no braço.”, ressaltou o secretário André Longo.