Compesa identifica  132 ligações clandestinas de água  em cinco dias de operação policial em Caruaru

Compesa identifica 132 ligações clandestinas de água em cinco dias de operação policial em Caruaru

14 de maio de 2025 Off Por blogem

A Compesa divulgou o resultado de uma operação policial de combate ao furto de água realizada durante cinco dias no município de Caruaru, Agreste Central. Foi constado na fiscalização o desvio de 10,3 milhões de litros de água por mês, o suficiente para abastecer mais de 1 mil residências pelo mesmo período. Foram identificadas e retiradas 132 ligações clandestinas durante a varredura realizada em mais de 1.260 metros de tubulações, além da prisão de quatro pessoas. A operação foi articulada pela Coordenação de Segurança Patrimonial da Compesa e contou com apoio das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Fazenda, Vigilância Sanitária, Neoenergia e Instituto de Criminalística.

A fiscalização percorreu os bairros Cidade Alta, sítio Torres/Rendeiras, Universitário, Loteamento Juriti, além das comunidades de Lajes, Jacaré, Umburana, Gonçalves Ferreira e Taquara. No último dia da operação, na última sexta-feira (9), o alvo das ações foi um condomínio de alto padrão. Ao chegar ao local, a fiscalização identificou que 70 imóveis em construção estavam desviando água. Estima-se que essa prática estivesse ocorrendo há três anos, desviando 1,5 milhão de litros de água por mês e prejudicando os bairros Amilson Afonso e Fernando Lyra. Foram aplicadas multas de R$ 151.905,60, além de protesto cartorial, com restrição por inadimplência.

Duas pessoas foram presas entre segunda e terça-feira da semana passada, cujos desvios de água afetavam diretamente a localidade de Gonçalves Ferreira, que agora está em processo de regularização da vazão total de 8 litros por segundo. As outras duas prisões ocorreram nos bairros Cidade Alta e Sítio Torres/Rendeiras. No Cidade Alta, a equipe flagrou a água sendo desviada para abastecer um clube com piscina.

Na comunidade do sítio Torres, os desvios eram em um supermercado, haras e 15 chácaras. No supermercado, foi feita uma adulteração no hidrômetro, que provocava menor consumo e maior desvio de água. A localidade estava com um novo sistema de abastecimento, inaugurado em fevereiro, onde foram investidos R$ 410 mil. Pouco tempo depois da entrega, os moradores começaram a reportar falta de água, o que levantou suspeitas da companhia.

As fiscalizações foram motivadas pelo monitoramento da Compesa e o índice de reclamações por falta de água, mas denúncias anônimas também foram imprescindíveis para a desarticulação dos furtos. Por isso, a Compesa alerta para a importância das denúncias através dos canais de comunicação, com registro de protocolos, no site www.compesa.com.br, pela a ouvidoria, e aplicativo da Compesa. A empresa reforça que desviar água em ligações clandestinas é infração do código penal, previstas no artigo 155 (furto) e artigo 265 (atentado ao funcionamento do serviço público de abastecimento de água). As penas previstas são de um a cinco anos de reclusão e multas, que podem variar entre R$ 5 mil a R$ 50 mil reais. Além disso, a prática ilegal compromete o abastecimento da população e o atendimento a hospitais, escolas e outros órgãos. Foto: Divulgação
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